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MARINA SILVA COLOCA UMA PEDRA NA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NOS OCEANOS EM EVENTO ORGANIZADO PELA FRANÇA EM NICE 4w5s5v

marinaA ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva, não engana mais a ninguém. No Brasil, a sua última aparição pública foi num depoimento a uma comissão do Senado, onde teve uma patética participação, ficou desconfortável e sem respostas convincentes. Para “marcar” a sua posição, preferiu usar o escudo do sexismo, da mulher negra e pobre, um velho chavão vitimista, para abandonar o debate e se retirar da sala dando as costas aos parlamentares. Agora, chega mais uma notícia de uma participação internacional, onde ela se sente a vontade, como uma estrela. De Nice, na França, na Conferência Sobre os Oceanos (UNOC), ela defende algumas propostas como a “eliminação gradual da produção de petróleo e gás”. O evento é organizado pelo governo da França, com apoio da ONU e de fundações voltadas à “agenda oceânica.”

Sw alguém ainda tinha dúvidas de qual posição ela ocupava, se a favor ou contra os interesses econômicos brasileiros, agora claramente envolta pela bandeira dos ambientalistasnice internacionais, basta ver suas palavras: “Este é um momento decisivo na nossa jornada coletiva para proteger o oceano e responder à crise climática global.”  Batizada de Desafio da NDC Azul, a proposta parte da falsa premissa de que os oceanos são apenas vítimas das mudanças climáticas. O movimento incorpora o oceano em seus compromissos climáticos, querendo fomentar o intercâmbio e a implementação de soluções baseadas nos ecossistemas marinhos.

O apoio brasileiro através da iniciativa de Marina Silva, uma espécie de professora do Mobral Ambiental, mestra do atraso, pode significar o mesmo que ela pegasse o telefone e fizesse uma ligação para dar uma notícia à presidente da Petrobrás: “Alô, Magda? Olha, esquece a Margem Equatorial enquanto eu estiver comandando o lenga-lenga do Ibama.” A capapermanência de Marina Silva no andar de cima do governo só demonstra que Lula está de saco cheio de governar. Não tem mais poder sobre Marina, mas usa a imagem dela para parecer bonzinho. Foi inconcebível o convite feito para ser minsitra, depois dela cansar de fazer discursos públicos, dar entrevistas, chamando Lula de corrupto, de ter roubado a Petrobrás e de ser lavador de dinheiro. Se alguém dúvida dessas afirmações, basta dar um Google buscando saber mais das opiniões de Marina sobre o presidente Lula.

A  proposta defendida neste fórum é absolutamente contrária aos interesses do Brasil, defendida internacionalmente neste encontro que também  marca os 10 anos do Acordo de Paris e busca ampliar o papel dos oceanos no enfrentamento da crise climática, tão negada e criticada por professores, pesquisadores, inclusive alguns brasileiros, como o professor Ricardo Felício (para conhecer melhor, procure por ele no Google).

O anúncio de Marina, obviamente, foi bem recebido por ambientalistas e movimentos sociais. Outra ambientalista brasileira, Luene Karipuna, coordenadora executiva daluene Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP), também fez a mesma defesa. Pareceu combinado, mas ela questionou a contradição entre o discurso oficial e a tentativa de liberar a exploração de petróleo na costa amazônica sem consulta adequada aos povos indígenas. “Não adianta querer ser líder climático só no discurso.  As ações precisam brunaser concretas e coerentes. Por que o Brasil quer explorar petróleo nas águas costeiras da Amazônia, fingindo que não existimos e ignorando os impactos que já ocorrem?”

Bruna Campos, coordenadora sênior da campanha de Petróleo e Gás Offshore do Center for International Environmental Law (CIEL), também foi na onda, por falar em oceano: Para ela, a sinalização do Brasil é positiva, mas precisa se traduzir em decisões concretas. “O Brasil defender o fim gradual do petróleo e gás offshore é um avanço na direção certa. Mas palavras precisam ser acompanhadas de ação: nenhuma nova licença ou autorização deve ser concedida, e as atividades em andamento precisam ser revistas.”

A Ministra Marina Silva afirmou que o Brasil pretende chegar à COP30, que será realizada em novembro em Belém, com os oceanos no centro da agenda demarin implementação. Ela destacou que o Brasil tem avançado em políticas públicas para a conservação e restauração de ecossistemas costeiros e marinhos, além de incorporar medidas oceânicas nas suas NDCs. “Esperamos que a COP30 marque um ponto de virada,  não apenas para a proteção das florestas, mas também para a proteção e restauração dos nossos oceanos.”

Se a Petrobrás acredita mesmo que o Ibama irá liberar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a 500 quilômetros da costa, desista, pode tirar o cavalo da chuva. Só depois da COP 30 e, mesmo assim, se o governo Lula quiser enfrentar as ONGs internacionais e desfazer a sua imagem, como o Petronotícias previu através de uma fonte de Brasília. E ainda assim, com a demissão de Marina e seus blue caps do Ibama. Como sintetizou a ministra ao encerrar a sua participação em Nice: “já temos as soluções técnicas, o que falta é o compromisso ético com a preservação das fontes de vida do planeta.”

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Geraldo Luís Lino
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O cinismo dessa mulher desafia qualquer superlativo. No mesmo plano, só mesmo o anfitrião Macron, dizendo que o petróleo da Margem Equatorial Brasileira “não é bom para o clima”. Já o do Suriname (GranMorgu, a ser explorado pela TotalEnergies), “é perfeitamente ilustrativo da nossa estratégia de transição [energética]: pelo seu impacto econômico e social para esse país sul-americano e para os esforços que estamos fazendo para minimizar as suas emissões de gases de efeito estufa”, como consta no sítio da empresa.