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CONSTRUTORA ODEBRECHT INVESTE EM TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E JÁ COLHE GANHOS EM EFICIÊNCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS u311l

Imagem do WhatsApp de 2025-06-03 à(s) 17.35.45_86bcbcd3A Odebrecht Engenharia e Construção está com uma nova estratégia de transformação digital, priorizando a digitalização de processos, automação e o uso de inteligência artificial em suas obras. Como resultado, a companhia já colhe ganhos em segurança, eficiência e redução de custos. É o que afirma o Gerente de Inovação da construtora, Daniel Lepikson, nosso entrevistado desta quarta-feira (11). A Odebrecht aposta em parcerias com startups, universidades e hubs de inovação para superar barreiras culturais e técnicas, além de investir fortemente na capacitação da equipe e na disseminação do Building Information Modeling (BIM), preparando-se para um futuro com máquinas mais autônomas e gestão orientada por dados. “A digitalização e a automação de processos proporcionado por ela é um recurso tecnológico importante contemplado na estratégia de Inovação na Odebrecht, como uma ferramenta para viabilizar o incremento de produtividade e ganho de eficiência“, disse o executivo. Lepikson afirma que a construtora vai priorizar o aumento de maturidade e a disseminação do BIM nos canteiros, trazendo a digitalização da engenharia para o campo em larga escala e habilitando novas tecnologias da Indústria 4.0 nas obras de infraestrutura e construção pesada. “Também iremos intensificar as nossas iniciativas e aplicações de IA para gerar valor na engenharia e facilitar com estes recursos a gestão de dados e o o à informação“, finalizou.

Como a implementação da Suíte OEC de Sustentabilidade mudou a cultura de segurança dentro da empresa? Quais foram os maiores desafios na transição dos processos em papel para o sistema digital?

Artigo-janeiroEla melhorou a eficiência e a eficácia dos processos empregados no campo, tornou as obras da Odebrecht mais seguras e gerou ganhos financeiros para a construtora (economia de horas trabalhadas, eliminação de papel e impressões, além da eficiência que resulta da automação de processos).

Além da área de segurança e saúde no trabalho, quais outros processos a Odebrecht planeja digitalizar nos próximos anos? Existe uma estratégia de transformação digital abrangente?

Sim, pois no setor de construção em geral, e na construção pesada em particular, a transformação digital é ainda incipiente. Trata-se de um mercado tradicionalmente pouco tecnológico, se comparado a outros segmentos da economia; e não somente no Brasil.

A digitalização e a automação de processos proporcionado por ela é um recurso tecnológico importante contemplado na estratégia de Inovação na Odebrecht, como uma ferramenta para viabilizar o incremento de produtividade e ganho de eficiência. Foi com este objetivo em mente que nos associamos ao Inovabra, hub de Inovação do Bradesco e um dos mais importantes do Brasil, onde temos uma participação ativa e um histórico de “cases” de sucesso.

De que forma a Odebrecht está implementando ou planejando implementar inteligência artificial em seus projetos de construção pesada?

Artigo-engenharia-4.0A nossa experiência se iniciou na área de istração Contratual, visando a criar um processo automatizado para gerir e analisar contratos complexos, considerando a imposição de precedências, interrelações entre as cláusulas e compatibilização com anexos e documentação complementar. Tivemos uma experiência interessante com uma startup do Inovabra especializada nesta área (a Blueshift), mas optamos por desenvolver uma solução internamente.

Hoje estamos testando uma plataforma de IA, que foi denominada “Smart OEC”, a qual tem se mostrado muito versátil. Estão em curso diversos pilotos, na área de Propostas, Engenharia, Jurídico, istração Contratual.

Também há outras aplicações em plena utilização na Odebrecht, como por exemplo assistentes virtuais (Chatbot O.L.I.V.I.A. – Odebrecht Levando Informação Via Inteligência Artificial), plataformas de busca refinada ao acervo técnico (Busca PD – Prêmio Destaque), além do uso corrente para a avaliação, classificação e análise de documentos, plataforma de buscas de informação no nosso acervo técnico.

Chegamos a criar com IA uma sistemática para avaliar as competências BIM de integrantes previamente mapeados, estabelecendo um critério lógico e preciso para a classificação do conhecimento, identificando e separando o time técnico em iniciantes, intermediários e especialistas. Uma informação muito estratégica, pois permitiu monitorar a disseminação do conhecimento e planejar melhor os treinamentos necessários.

Considerando a transição do setor da automação para a autonomia, como a Odebrecht está se preparando para adotar máquinas e equipamentos cada vez mais autônomos?

Em todas as obras, há sempre a intenção de otimizar as frentes de serviço, não apenas por questões de competitividade, mas também para minimizar as chances de ocorrência de acidentes. Se existem equipamentos disponíveis que podem executar um serviço a contento e cujo emprego seja economicamente viável, esta alternativa certamente será considerada e avaliada.

Como a empresa está lidando com o desafio de capacitação da força de trabalho para operar novas tecnologias? Existem programas específicos de treinamento?

vagas-rodoanel-siteTreinamentos específicos são realizados nos ambientes das obras, mas há alguns programas que ocorrem na esfera corporativa. Quando falamos em “Educação pelo trabalho”, um dos pilares da nossa cultura empresarial, há uma série de programas de formação que estão no escopo da área de RH para geração dos futuros líderes e, em última análise, a continuidade do Negócio (retratado no lema “Sobreviver, Crescer, Perpetuar”, idealizado pelo nosso fundador, Norberto Odebrecht).

No contexto dos cursos de formação, alguns são de responsabilidade dos contratos; outros são organizados por áreas específicas (TI, Segurança do Trabalho, Equipamentos). No caso específico da área de Inovação, organizamos e oferecemos um programa de capacitação em BIM, com apoio de consultores e empresas parceiras criteriosamente escolhidos.

Quais são as principais barreiras para a adoção mais ampla de tecnologias como BIM, IoT e IA nos projetos da Odebrecht no Brasil?

Resistência à mudança (por inércia, conforto, postura do “sempre fiz assim”); dificuldades decorrentes de mudança de processo (deve-se “trocar o pneu com o carro em movimento”); Necessidade de investimento e recursos (mais raros em épocas de crise, justamente quando a Inovação é mais necessária); Intolerância ao erro, o receio de errar (efeito “cobaia”); Dificuldade de divulgar iniciativas em diferentes contratos (tendência de “reinvenção da roda”); A falta de metas específicas, estabelecidas pela Liderança.

Como a empresa está utilizando dados coletados em seus projetos para melhorar o planejamento e execução de obras futuras? Existe uma estratégia de gestão de dados?

A área de Inovação chegou a desenvolver algumas ferramentas para busca inteligente de informações no acervo e há ações em curso gerenciadas por outras áreas para a gestão de dados via IA. Estamos empenhados em fortalecer cada vez mais uma cultura de dados, mas temos um bom caminho a percorrer para nos tronar uma empresa “data driven”.

Quais parcerias com startups ou empresas de tecnologia a Odebrecht mantém para acelerar sua agenda de inovação?

imagem1_1Uma das primeiras ações tomadas após a definição da estratégia foi justamente a associação a um hub de Inovação de relevância no ecossistema brasileiro – o Inovabra Habitat, mantido pelo Bradesco. As parcerias seguem três linhas distintas:

Inovação aberta: Além de ser membro do Inovabra (como “Corporate”), o qual também provê apoio técnico capacitado à Odebrecht na área de Inovação, estabelecemos diversas conexões e fechamos uma série de contratos com startups e construtechs do ecossistema, adotando a estratégia de escalar soluções para atender diversas obras. A Odebrecht é uma das cinco  empresas de construção mais engajadas do Brasil no relacionamento com startups, tendo sido duas vezes premiada no ranking da 100 Open Startups como TOP Open Corps (2023 e 2024). Também estabelecemos uma parceria com a empresa PALAS, para capacitação da equipe na norma ISO 56002 de Inovação.

BIM: Firmamos uma rede de parceiros estratégicos para o desenvolvimento de programas de capacitação e treinamento, software e ferramentas, e aos contratos e oferta de eventos internos de fomento ao BIM na Odebrecht. Temos hoje relação com alguns dos melhores especialistas do Brasil e do exterior. Participamos ativamente dos eventos e fóruns mais relevantes do país.

Universidades: Desenvolvemos programas de parceria com algumas das melhores universidades do País, voltadas ao desenvolvimento de novos produtos, geração de conhecimento e apoio às atividades de ensino e pesquisa.

Considerando as projeções positivas para o setor em 2025, quais inovações tecnológicas a Odebrecht pretende priorizar para capitalizar este crescimento esperado?

Vamos priorizar o aumento de maturidade e a disseminação do BIM nos canteiros, trazendo a digitalização da engenharia para o campo em larga escala e habilitando novas tecnologias da Indústria 4.0 nas obras de infraestrutura e construção pesada. Também iremos intensificar as nossas iniciativas e aplicações de IA para gerar valor na engenharia e facilitar com estes recursos a gestão de dados e o o à informação, em parceria com a TI corporativa, pavimentando assim o caminho para transformar a Odebrecht em uma empresa “data driven”.

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