RAFAEL GROSSI VISITA A RÚSSIA PARA TRATAR DA SEGURANÇA DA MAIOR CENTRAL NUCLEAR DO MUNDO 1n4kk
Na última reunião entre o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, e o diretor-geral da Rosatom, Alexei Likhachev, os dois lados discutiram a situação de segurança atual e questões relacionadas a qualquer futuro reinício das unidades da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que estão sob controle do Exército russo. Grossi, que visitou a Rússia após as negociações na Ucrânia, descreveu as conversas na rede social X como uma troca “abrangente e necessária sobre a situação atual de segurança e salvaguardas na central nuclear de Zaporizhzhia e o papel essencial desempenhado pelos especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alocados na usina para evitar um acidente nuclear”.
Em Viena, durante a reunião do conselho de governadores da AIEA, Grossi afirmou que havia uma “visão comum” entre a Rússia e a AIEA de que seria desaconselhável reativar a usina na atual situação militar. Ele acrescentou: “Há outros aspectos mais técnicos, como, por exemplo, a disponibilidade de água suficiente para resfriar os reatores ou também a disponibilidade de energia externa suficiente e estável para que possamos ter certeza de que, se a usina for reativada, não haverá apagão e a usina poderá operar. Além disso, sabemos que eles têm a intenção de reiniciá-lo em algum momento, alguns planos nos foram mostrados, mas essa é uma questão que tem outras interconexões com negociações mais amplas que estão ocorrendo.”
A agência de notícias russa Tass trouxe a informação de Likhachev que a usina só poderia ser reiniciada quando não houvesse mais ameaça militar: “já iniciamos a construção de uma estação de bombeamento modular flutuante com capacidade de até 80.000 metros cúbicos por hora, o que resolverá todos os problemas relacionados ao abastecimento de água caso as unidades sejam levadas à sua capacidade projetada”. A Rosatom já elaborou um plano para reiniciar as unidades no futuro, que está sendo considerado pelo governo russo.
Um dos outros tópicos abordados foi a questão da rotação das equipes da AIEA, que tem sofrido atrasos devido a preocupações com a segurança. Houve também uma discussão geral sobre como garantir a segurança nuclear e a situação geral da segurança na usina, que está sob controle militar russo desde março de 2022 e que está na linha de frente das forças ucranianas e russas. Também houve um problema com o combustível nuclear dos EUA na usina, com a Tass dizendo que Likhachev pediu a Grossi para mediar as discussões sobre o uso do combustível fabricado nos EUA, que atualmente é carregado em quatro das seis unidades. Grossi afirmou que a situação geral na usina nuclear de Zaporizhzhia continua a depender de uma única linha de energia externa. “continua muito frágil o nível de atividade militar está aumentando, não diminuindo”.
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